O governador Jaques Wagner, através do secretário Edvaldo Brito, me convidou para fazer parte do Conselho de Estado de Desenvolvimento Econômico e Social. Recebi o agradável telefonema durante os festejos de Momo, o que, de imediato, honestamente, me trouxe uma surpresa e consequente dedução: o governador é realmente um republicano.
A lembrança do meu nome e o convite vieram mesmo após reunião que tivemos juntos - com alguns líderes religiosos - quando fui nota dissonante. Dei a minha opinião acerca dos movimentos de rua do ano passado, onde pontuei basicamente problemas de ordem ética e corrupção no governo federal, o que, naturalmente, batia frontalmente com o que poderia ser agradável aos ouvidos do governador. Assim mesmo, no entanto, veio o convite.
Alguns amigos próximos me aconselharam a aceitar, afirmando justamente que as minhas posições e conceitos poderiam ajudar em embates e debates de elaboração de políticas, principalmente na área social, já que me dedico por ideal de vida a tais ações. Exatamente por que vivencio visceralmente o que faço que não pude aceitar, por total falta de tempo em me dedicar com afinco, inclusive para defesa de direcionamentos que julgasse importantes à cidadania do nosso estado.
Por outro lado, outrossim, penso que, por mais apartidários que sejam determinados conselhos, sempre surgem as políticas de bastidores e a essas realmente não tenho talha para o seu exercício. Não vislumbro, nem agora, nem para tempo algum, qualquer incursão por política partidária. Continuo afirmando que, como a Cidade da Luz, não guardamos cores partidárias, mas possuímos amigos em diversos partidos, e os reconhecemos em suas funções quando a serviço do bem comum e principalmente da causa do terceiro setor.
Procuro vivenciar uma posição de atenção de tudo que me chega ao conhecimento e vejo o que vai de encontro com ideais de cidadania e de apoio às instituições organizadas para o auxílio ao próximo. Disso jamais abrirei mão.